Há pouco pensava em escrever sobre um assunto que acabaram por postar no twitter sobre a história de quatro amigos que estavam numa espécie de galeria, aguardando para ver uma das atrações e quando menos esperavam eram agredidos verbalmente por uma senhora ainda jovem, que usava palavreados de baixo calão, atirando-lhes uma série de ofensas gratuitas pelas suas orientações sexuais.
Seria este mais um caso de homofobia, que dentre vários vêm ocorrendo dia após dia nos noticiários dos principais jornais brasileiros e estampando as capas das grandes revistas. Quando muito, são jovens gays agredidos fisicamente por radicais trogloditas que mais parecem verdadeiros homens das cavernas, agindo feito seres irracionais movidos pelo sentimento da raiva, sem ao menos explicar-se por tamanhos atos de visível brutalidade.
Naquele momento, aquele “post” soou como um manifesto de quem havia sido injustiçado por alguém que se achava melhor do que outros. E de fato era motivo de causar ira àqueles que lutam pelas causas dos direitos humanos e também pela liberdade de expressão. Afinal, somos um país livre ou temos que viver escondidos em meio a inúmeros cidadãos que se portam e se reportam à sociedade como seres indignos do respeito?
Logo pensei em realizar mais uma postagem de indignação, mas achei que ficaria um assunto meio batido a tantos outros que eu mesmo fiz questão de deixar meu manifesto. Depois pensei que se me calasse, não me daria por satisfeito e aquilo me incomodaria e deixaria com um certo pesar na consciência, pois aquilo poderia servir de alguma maneira positiva para alguém que se interessa pelos assuntos que aqui venho abordando no decorrer do tempo.
No entanto, a verdade é uma só. Enquanto as pessoas se calarem diante de ações se julgam discriminatórias e que afetam às pessoas com preconceito inerente aos valores sociais, estaremos tapando o Sol com a peneira e retardando tantas lutas de pessoas que diariamente vêm fazendo com que o preconceito seja menor nos dias de hoje. Porém, devemos aproveitar a valorização da inclusão digital em todas classes, junto ao aproveitamento das redes sociais como o twitter, facebook, Orkut , blogs dentre outros, e tornar notícias desse aspecto como alertas sociais. Isso será de suma importância pra todos brasileiros que sofrem e que já sofreram alguma discriminação seja por sua raça, religião, orientação sexual ou apenas comportamentos interpessoais que se diferem da grande massa e os tornam vítimas do preconceito constante.
Em meio a isso e de maneira até sarcástica, diria que atire a primeira pedra quem nunca olhou torto pra alguém que perante a nós mesmo pensou ou agiu diferente da nossa conduta? Mas isso nunca foi motivo pra tornar o diferente do certo e do errado. Afinal, o que seria de todos nós se fosse iguais uns aos outros? Logo quando o Brasil é o país da grande diversidade e da miscigenação abundante, seria incoerente dizermos que o errado é tudo aquilo que hoje sofre de maneira injusta como alvo do mais impuro e inescrupuloso preconceito. Portanto, não queira para os outros o que você quer para si mesmo. Respeite para ser respeitado.
By Wall Isola
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