O caso Jean Charles de Menezes refere-se a um emigrante brasileiro morto por engano pela SO19, unidade armada da Scotland Yard, no dia 22 de julho de 2005, dentro de um trem do metrô de Londres. Jean Charles foi imobilizado e morto com oito tiros à queima-roupa, depois que os agentes policiais supostamente o confundiram com Hamdi Adus Isaac (ou "Hussain Osman"), suspeito de realizar um fracassado atentado a bomba no metrô, na véspera [1]. Esses fatos ocorreram duas semanas após os atentados de 7 de julho, quando uma série de explosões atingiu o sistema de transporte público de Londres, e 56 pessoas morreram.
Jean Charles vivia há três anos no sul da capital inglesa e, segundo as autoridades, foi confundido com um terrorista árabe, que teria participado dos atentados da véspera, contra ônibus e estações do metrô de Londres. O erro foi admitido pela Scotland Yard, quando informou que o brasileiro não tinha nenhuma relação com qualquer grupo terrorista. Segundo a autoridade policial, o acidente ocorreu porque o brasileiro se recusara a obedecer às ordens de parar, dadas pelas autoridades.
No entanto, a Comissão Independente de Investigação de Queixas da Polícia (CIIQ, em inglês) concluiu que Ian Blair, chefe daScotland Yard, tentou impedir que a morte de Jean Charles fosse investigada.[2]
O jornal britânico The Observer, em sua edição do 21 de agosto de 2005, revelou que os três agentes que vigiavam Jean Charles não estavam armados nem uniformizados e não o consideravam suspeito de portar armas ou bombas. Só tinham a intenção de detê-lo. [3] No entanto, esses homens tinham ordens de ceder o controle da operação a grupos especiais das forças armadas (SAS [4]), caso estes interviessem. Os militares consideraram Jean Charles uma grave ameaça e seguiram seumodus-operandi - atirando para matar.
Alex Pereira, primo de Menezes que morava com ele, afirmou que o rapaz foi baleado pelas costas.
Segundo a Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota oficial na qual afirma que o governo brasileiro ficou "chocado e perplexo" ao tomar conhecimento da morte do brasileiro, "aparentemente vítima de lamentável erro".
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o Brasil sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais", e que aguarda explicações das autoridades britânicas sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles.
Em 16 de novembro, o jornal Daily Telegraph publicou uma reportagem acusando a polícia britânica de utilizar munição de ponta oca, conhecida como dundum, para matar Jean Charles. O armamento foi proibido pela Convenção da Haia de 1899, por motivos humanitários (o projétil se expande e se estilhaça dentro do corpo do indivíduo atingido, provocando dores lancinantes, o que normalmente não acontece com uma bala comum).[5]
Fonte: Wikipédia
Sinopse do filme: (Baseado em fatos reais)
O filme mostra as experiências de diversos brasileiros que arriscam viver longe de seu país, contando não apenas com seus próprios esforços, mas principalmente com a alegria e criatividade, características do povo brasileiro. Baseado no caso do brasileiro Jean Charles de Menezes (Selton Mello), assassinado no metrô de Londres por agentes do serviço secreto britânico, ao ser confundido com um terrorista. O filme acompanha a vida do eletricista mineiro e de seus primos Alex (Luis Miranda), Patrícia (Patricia Armani) e Vivian (Vanessa Giácomo) em busca do sonho de uma vida melhor.
Li algumas críticas sobre esse filme, falando que a estória da morte do brasileiro Jean Charles foi tratada superficialmente num filme que fala sobre a vida dele mesmo. Assim como também li, que o filme retratava de maneira sutil o livramento dos britânicos sobre a trágica morte do rapaz.
A abordagem do filme em si, mostra toda a trajetória de vida do Jean Charles de Menezes, que vai para Londres buscar uma qualidade de vida melhor, e alcançar alguns sonhos. O fato de sua morte ser tratada de maneira superficial, é mera crítica da oposição, que não soube entender que não podia focar apenas na trágica morte do brasileiro, pois não haveria enredo para o filme, visto que todas as causas foram rapidamente "investigadas" e "descobertas". Caso encerrado.
Quanto a atuação dos atores (os melhores na minha opinião), fizeram um brilhante trabalho, pois só quem assistiu conseguiu entender com clareza tudo que se passou, e apesar de tudo, passar emoção diante daquela triste realidade.
Até hoje este fato é contestado por nós, assim como a família de Jean busca uma resposta para o caso, cuja polícia britânica alega que o mataram em legítima defesa, e afirmando que o rapaz reagiu à abordagem. Como ele poderia reagir sendo que foi morto pelas costa e por policiais que estava à paisana e que chegaram atirando sem dar explicações? Foi covardia aquele ato cruel e desumano.
Vale a pena conferir o filme. Eu aprovo e indico!!!
By Wall Isola
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